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Reflexão do Salmo 73 - Não esqueçais até o fim a humilhação dos vossos pobres!



O Salmo 73, especialmente o versículo "Não esqueçais até o fim a humilhação dos vossos pobres!", nos convida a uma profunda reflexão sobre a justiça divina e a condição dos marginalizados. Este salmo, atribuído a Asafe, é uma meditação sobre a aparente prosperidade dos ímpios e a aflição dos justos. O salmista começa confessando sua inveja dos arrogantes e dos ímpios que parecem viver em prosperidade sem sofrimento, enquanto ele, fiel a Deus, enfrenta dificuldades e opressões. Este dilema é uma experiência comum a muitos que buscam entender a justiça de Deus em um mundo onde o mal muitas vezes parece triunfar.


Ao clamar para que Deus não esqueça a humilhação dos pobres, o salmista expressa uma confiança profunda na justiça divina. Ele reconhece que, embora as aparências possam sugerir o contrário, Deus está atento ao sofrimento dos oprimidos e agirá em seu tempo. Esta confiança não é cega, mas nasce de uma experiência de fé e uma compreensão da natureza de Deus como justo e misericordioso.


A humilhação dos pobres mencionada no salmo refere-se não apenas à pobreza material, mas também à opressão social, injustiça e marginalização. Em um mundo onde as estruturas de poder frequentemente perpetuam a desigualdade, este salmo se torna um clamor por justiça social. É um lembrete de que a fé não deve ser passiva, mas ativa na busca por um mundo mais justo e equitativo.


Para os cristãos, este salmo ecoa o ensinamento de Jesus sobre os pobres e oprimidos. Jesus, em sua missão, mostrou uma preocupação especial pelos marginalizados e proclamou as bem-aventuranças, onde os pobres de espírito e os que têm fome e sede de justiça são chamados bem-aventurados. Assim, o salmo nos chama a seguir o exemplo de Cristo, lutando contra a injustiça e cuidando dos necessitados.


Refletir sobre este salmo também nos leva a considerar nossa própria atitude em relação aos pobres e oprimidos. Somos chamados a ser instrumentos de justiça, estendendo a mão aos necessitados e defendendo os direitos dos marginalizados. A oração do salmista para que Deus não esqueça os pobres deve inspirar-nos a não esquecê-los também, agindo com compaixão e justiça em nossas vidas diárias.


Em resumo, o Salmo 73 nos desafia a confiar na justiça de Deus e a ser agentes dessa justiça em um mundo que frequentemente ignora os pobres e oprimidos. Ele nos lembra que, apesar das aparentes injustiças deste mundo, Deus não esquece os humilhados e agirá em seu tempo. Nossa tarefa é manter a fé, agir com justiça e nunca esquecer aqueles que sofrem.

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