As discussões sobre a redução da maioridade penal desviam o foco dos reais problemas da juventude. O fenômeno contemporâneo do ato infracional juvenil no Brasil deve-se, sobretudo, à desigualdade social, ao não exercício da cidadania e às dificuldades de as políticas públicas alcançarem a juventude.
Crianças e adolescentes enfrentam toda sorte de dificuldades e de desproteção social: pobreza, desescolarização, ambiente familiar desestruturado e falta de perspectivas de trabalho e renda.
Não nos faltam leis, mas o cumprimento da legislação existente. Sonegamos aos jovens os direitos sociais preconizados na Constituição e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): educação, profissionalização, saúde, esporte, cultura, lazer e vida em família.
Luiz Fernando Conde Sangenis
Imagem: Busca na Internet
Texto retirado das Folhinhas Sagrado Coração