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Encontro que salva

Zaqueu era um rico chefe dos cobradores de impostos. Até então, o Evangelho segundo Lucas tinha sido bastante crítico em relação aos ricos: Maria louva a Deus por "despedir os ricos de mãos vazias"; no discurso da planície, Jesus dirige um "ai" aos ricos, que vão ficar de luto e chorar; um destino terrível espera o rico da parábola que não se compadece com o pobre Lázaro.


Pessoas como Zaqueu eram odiadas pelos judeus, pois colaboravam com a dominação romana na cobrança de impostos. Além de ser rico, completa o quadro negativo a informação de que ele era baixo de estatura, o que, na cultura da época, servia para ridicularizá-lo.


Zaqueu tem tanta vontade de ver Jesus, que sobe numa figueira, sem se importar com mais nada. E a atitude de Jesus, que se convida para ficar na casa dele, causa causa murmuração por parte de todos os seguidores. Esperavam que Jesus condenasse Zaqueu, pelo que este era e fazia. Mas Jesus age com total liberdade.


Ele conhece Zaqueu, chama-o pelo nome e, entrando em sua casa, entra tambem na vida dele. Com a alegria do encontro, Zaqueu se dispõe a devolver quatro vezes o que tiver tirado de alguem, segudo o que pedia a Lei de Moisés. Mas vai além: decide dar metade do que tem aos pobres.


Realiza-se, assim, o que Jesus havia ensinado em Lc 15, com as parábolas da misericórdia (do pai bondoso e os dois filhos, da ovelha e da moeda perdida): alguem perdido foi reencontrado e encontrou o sentido autêntico da vida. De fato, quando Zaqueu decide compartilhar com os pobres, a salvação chega para ele e sua casa.


Zaqueu, para Jesus, é um filho de Abraão e, como tal, pela fé, pode mudar de mentalidade e de vida. O desafio se põe também para os seguidores preconceituosos, que teriam ficado contentes se Jesus tivese criticado e condenado Zaqueu.


Nosso Irmão Maior, porém, veio para que todos, sem exceção, encontrem a salvação. Salvação que passa tanto pela superação dos preconceitos quanto pela partilha concreta das riquezas e dos bens da vida.


Pe. Paulo Bazaglia, ssp




Imagem: Busca na Internet

Texto retirado da Liturgia Diária - Outubro/2022 | Pag. 116 - 30º Domingo do Tempo Comum

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