A corrupção é uma via de mão dupla: para haver um corrupto tem que haver um corruptor. Se um candidato oferece uma cesta básica em troca de voto, sem dúvida que se trata de um candidato corrupto. Mas e quem aceita? E corrupto também.
O mesmo acontece com o candidato que oferece transporte para a zona eleitoral no dia das eleições e tantos outros "favores" prometidos e aceitos. Atitudes como essa maculam o processo eleitoral (para além de ser crime), alimentam uma lógica destrutiva, baseada no imediatismo, desconsidera as políticas públicas de longo prazo e gera desconfiança na democracia.
Por outro lado, quando o corruptor não encontra a quem corromper, quebra-se essa corrente viciosa, combatendo-a na base.
Ana Vitória Wernke,
advogada especialista em Direito Público e Direito Ambiental
Imagem: Busca na Internet
Texto: Extraido das Folhinhas Sagrado Coração